12/02/2010

TVI foi ao Hospital Curry Cabral conhecer o dia-a-dia dos voluntários do movimento internacional humanitário

Cruz Vermelha faz esta quinta-feira 145 anos. Neste dia de celebração a TVI foi ao Hospital Curry Cabral conhecer o dia-a-dia dos voluntários da instituição. São cerca de 30 pessoas que dedicam parte do seu tempo aos outros sem receber nada em troca.

Maria José Bicho é voluntária da Cruz Vermelha há 45 anos. Na altura, um mero acaso transformou a fisioterapeuta numa «visitadora de hospitais», a designação dos voluntariados na década de 60. Nos dias de hoje, já reformada, dedica todos os dias ao voluntariado e ajuda muitos doentes que passam pelo Hospital Curry Cabral. «Damos um apoio muito directo ao doente. Damos-lhe o almoço. Acompanhamos os doentes nas consultas. Ajudamos aqueles que andam perdidos. Isto é muito grande», revela a Maria José Bicho, actualmente coordenadora dos voluntários da Cruz vermelha do hospital Curry Cabral.

Para ser voluntário da Cruz Vermelha é preciso gostar de ajudar os outros de uma forma contínua e permanente. «Nós sentirmos que essa pessoa realmente gosta do voluntariado. Gosta de ser voluntária. Porque é sábado, domingo, faça chuva, frio e Sol. É todos os dias!», explica a coordenadora. Maria José Bicho vai mesmo mais além e garante que esta é a sua «maneira de viver» e que acha que no dia em que tiver que deixar o voluntariado vai ter um «desgosto profundo». Mesmo assim, garante que «enquanto puder andar, acho que vou ser».
Maria Conceição Pequito juntou-se à Cruz Vermelha há cinco anos, quando se reformou. Desde então, faz questão de ajudar os outros e garante que todos os dias, leva para casa sempre mais do que dá. «É uma partilha. É extraordinário. Recebemos muito mais do que aquilo que damos. Muito mais mesmo».

Para os doentes, este apoio é fundamental. Os voluntários ajudam-nos a ultrapassar as fases mais complicadas dos tratamentos, sempre com uma palavra amiga e de conforto. «Faz toda a diferença. Desde os enfermeiros aos voluntários. São todos magníficos. Nós sofremos sempre um bocadinho aqui, e eles realmente ajudam bastante a ultrapassar estas fases», diz Ernesto Loureiro, doente no Hospital Curry Cabral.

http://www.tvi24.iol.pt/videos

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